O prefácio do prof. Armando Boito joga luz sobre o amplo debate que se estabeleu no Brasil sobre essa efemeridade, realçando o papel da literatura marxista entre nós, bem como o desenvolvimento de instrumentos de divulgação com grande aprofundamento temático, que é o conjunto de revistas teóricas, a exemplo da Crítica Marxista, Novos Temas, Princípios, e tantas outras. Os ensaios contidos no livro repercutem uma diversidade de análises que só qualifica o debate e a pesquisa em torno do tema. O trabalho do prof. Coggiola, discute os antecedentes e as consequências desse fenômeno histórico. O contexto histórico e o processo de luta direta são analisados pelo autor e organizador do livro, Milton Pinheiro. O pioneiro dos estudos sobre a Comuna no Brasil, Sílvio Costa, aprofunda o debate sobre os ensinamentos da Comuna. O cientista político português, João Bernardo, de forma polêmica debate o que ele considera os mitos disseminados sobre a Comuna. Mauro Iasi debate a questão do Estado, como enfim a forma encontrada por Marx, nos seus textos sobre a guerra civil em França, particularmente na questão sobre a ditadura do proletariado. David Maciel aprofunda a questão da emancipação dos trabalhadores, como um elemento real na experiência da Comuna. Luciano Martorano entra no debate sobre a Comuna sempre analisando a questão da socialização, e fazendo uma leitura sobre esse debate em Karl Korsch. No texto de Valério Arcary encontramos uma análise sobre a derrota da Comuna, as versões sobre o pensamento de Engels e as polêmicas sobre o comportamento da II Internacional. Por fim, o texto do prof. Zacarias, entra no mérito da Comuna como uma possibilidade de transição, tratando esse acontecimento como o primeiro ensaio da revolução permanente, na interpretação do autor” (Resenha escrita por Sofia Manzano).